quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Meio Ambiente: MPF aponta 181 pontos monitorados sobre passivos da mineração do carvão na Região Sul de SC

Apresentar de forma sintética os principais pontos do 3º Relatório de Indicadores Ambientais do Grupo Técnico de Assessoramento (GTA) e colher opiniões da sociedade. Este é o principal objetivo da Audiência Pública que aconteceu no auditório da Amrec, na noite desta quarta-feira (28). Durante a Audiência, foram divulgadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc), informações do 3º Relatório para acompanhamento da sentença, resultado da Ação Civil Pública nº 93.8000533-4, proposta em 1993, que determinou a recuperação das áreas de depósitos de rejeitos, áreas mineradas a céu aberto, minas abandonadas e dos recursos hídricos das bacias hidrográficas dos rios Tubarão, Urussanga e Araranguá.

O GTA reúne representantes do MPF, União, empresas e órgãos importantes para o processo de recuperação ambiental. Segundo o assessor Técnico do Siecesc, engenheiro de Minas Cleber Gomes, foram incorporadas no 3º Relatório informações relativas a 20 campanhas de monitoramento de águas superficiais, seis novos poços de monitoramento de recursos de águas subterrâneas e ainda a segunda campanha de monitoramento da cobertura do solo. O material detalha as áreas impactadas e mostra aquelas em recuperação, e ainda delineia o envolvimento das empresas. “Foram apresentados também os resultados dos monitoramentos do meio biótico, que começaram a apresentar o reflexo das ações de recuperação na fauna e na flora”, explica.

De acordo com Cleber Gomes, o GTA buscou deixar o material mais elucidativo e claro, para que as pessoas o entendam. Com relação aos avanços, o engenheiro comenta que o principal é o monitoramento da cobertura do solo. “Está saindo a segunda campanha neste relatório. Comparado com a primeira, temos ideia da evolução”, afirma. Outro ponto positivo, segundo o engenheiro, é referente às chamadas áreas órfãs, que praticamente não existem mais. “Mais de mil hectares já foram destinadas à recuperação ambiental, que será executada pela União”, comenta Gomes.

Neste relatório, os levantamentos foram aprimorados com maior riqueza de detalhes. O engenheiro explica que as classes de cobertura do solo foram divididas em urbanizada industrial e urbanizada residencial. O que era chamado anteriormente de revegetação foi separado em vegetação espontânea, vegetação introduzida (fruto do projeto) e remanescente florestal. Estas duas últimas totalizam praticamente 60% da cobertura do solo. Atualmente, existem 30 bocas de minas com monitoramento da drenagem ácida e 11 unidades de tratamento em operação, divididas entre as empresas. Segundo Gomes, com relação ao monitoramento de água subterrânea, “dos 37 projetos, temos 11 já executados. No próximo relatório este acompanhamento será por distrito, tendo uma resolução melhor”.

O 3º Relatório de Indicadores Ambientais foi entregue ao juiz Marcelo Cardozo da Silva e ao MPF, no mês de setembro. O material foi disponibilizado pelo juiz para avaliação popular e também encaminhado para os comitês de bacias. O relatório na íntegra está disponível desde o dia 19 de outubro no site
www.prsc.mpf.gov.br.

GTA totalizou 181 pontos de monitoramento nas três bacias

Os números das campanhas de monitoramento apresentadas no 3º Relatório foram as seguintes: 20 campanhas de recursos hídricos (rios); duas de bocas de minas e mais duas campanhas de águas subterrâneas. Na bacia do rio Araranguá foram 69 pontos de monitoramento no rio, 16 em bocas de minas e cinco pontos de água subterrânea.

Em Urussanga, foram 34 pontos no rio, seis em bocas de minas e quatro em águas subterrâneas. Na bacia do rio Tubarão foram 34 pontos no rio, oito em bocas de minas e dois em águas subterrâneas. No total, foram 140 pontos em rios, 30 em bocas de minas e 11 em águas subterrâneas, totalizando ao final 181 pontos de monitoramento nas três bacias. “Fizemos a análise de todos os pontos, integramos ao impacto e apresentamos um diagnóstico sucinto”, finaliza Cleber Gomes.


Fonte:
Assessoria de Imprensa (Joice Quadros)

Um comentário:

Anônimo disse...

PARA VER O QUE FAZ A POLUIÇAO DO CARVAO,E SO IR NA FOZ DO RIO ARARANGUA EM MEDIA 15 HORAS DEPOIS DE UMA GRANDE CHUVA EM CRICIUMA OU NOS COSTOES DA SERRA.E VERAO O TERROR QUE FAZ O CARVAO PARA OS PEIXES.EX.DEPOIS DAQUELA FAMOSA CHUVA QUE INUNDOU CRICIUMA NUM FIM DE TARDE,NO OUTRO DIA MORREU MILHARES DE TAINHAS NO RIO.NAO PRECISA ESTUDO E NEM SER ESPECIALISTA PARA ENTENDER.

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