segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Produção brasileira de mudas é destaque na China

A produção brasileira de mudas de cítricas no Brasil, em especial no Estado de São Paulo, será um dos destaques do oitavo Congresso Internacional de Viveiristas de Citros, de 22 a 25 de outubro, na cidade de Chongqing, na China.

O viveirista Christiano César Dibbern Graf, diretor da Organização Paulista de Viveiros de Mudas Cítricas (Vivecitrus), que será o representante brasileiro no evento, explica que o convite foi feito porque a produção de mudas de citros no Brasil é a maior e uma das melhores do mundo, além disso, o País é pioneiro na produção de mudas em sistema telado.

“Muitos países tentam copiar o sistema de viveiros telados, mas não obtêm sucesso, porque não é lei. No nosso Estado, desde 2001, temos a legislação que obriga os viveiros telados para evitar contaminações de doenças”, destaca o viveirista, proprietário da Citrograf, empresa que produz mais de 1,2 milhão de mudas por ano e foi a primeira a formar um viveiro telado no Brasil, em 1997.

Ele pondera que a produção a céu aberto tem um custo menor, porém, os riscos são grandes. “Hoje, com as doenças que atingem a citricultura, não se pode correr o risco de manter mudas a céu aberto, principalmente em São Paulo, que é o maior produtor de citros do mundo e briga com inúmeras doenças, como o greening e o cancro cítrico”, adverte.

Além de ser diretor da Vivecitrus, Christiano César Dibbern Graf é um dos maiores viveiristas do País, com viveiros nos municípios de Conchal, Rio Claro e Ipeúna. “Participar de um congresso como este será muito importante porque dará mais visibilidade para o segmento. A China e outros países que estarão no congresso estão muito interessados em conhecer a dinâmica do setor no Brasil, especialmente em São Paulo, onde toda a produção de mudas é telada”, acrescenta.

O Congresso é o mais importante da área e deverá reunir cerca de 150 viveiristas, agrônomos e pesquisadores de vários países. Após o evento, Graf deve viajar para o Sul da China para visitar áreas de citros devastadas pela greening e regiões que conseguiram lidar com a doença. O País foi o primeiro a detectar a doença há cem anos.

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