sexta-feira, 30 de julho de 2010

Meio Ambiente: Leão marinho é encontrado morto no Balneário Rincão


Um leão marinho foi encontrado sem vida na orla do Balneário Rincão na quarta-feira, dia 28. Pescadores acreditam que o animal tenha vindo da Argentina, pela corrente de água, e por falta de alimentação tenha morrido. Eles ainda tentaram contato com Ambientalistas da Unesc, afim de saberem se o animal poderia ser útil para algum estudo.

Foto: Colônia de Pescadores Z-33 - Balneário Rincão


Por,
Tânia Giusti
Acadêmica e Colaboradora do Blog

terça-feira, 20 de julho de 2010

Notícia: Unidade de Zoologia promove 1ª edição do programa Férias no Museu


Crianças da Escola Municipal Jorge Biff, da Vila São Jorge, em Siderópolis, tiveram uma tarde inesquecível hoje (20/7) no campus da Unesc. Sentados no chão, olhinhos brilhando e arregalados, largo sorriso no rosto e muitas gargalhadas, eles assistiram as apresentações do mágico Vilson Scheneider. A atividade faz parte da primeira edição do programa Férias no Museu, promovido pela Unidade de Zoologia da universidade. Escolas que desejarem participar do programa, podem ligar para (48) 3431-2573 e agendar sua inclusão na programação, das 9h às 10h30 ou das 14h às 16h.

Durante a segunda quinzena do mês de julho, a Unidade de Zoologia preparou uma programação especial, com muita diversão e atividades interativas para todas as idades. Dentre as atrações estão a “Magia Animal”,”Cineanimal com Pipoca” e “Zoo Oficinas”. Segundo a coordenadora, professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski, a iniciativa busca promover momentos lúdicos para crianças e jovens e ressaltar a importância dos museus como um espaço de diversão, cultura,e entretenimento.


Fonte:
Assessoria de Imprensa da Unesc

terça-feira, 13 de julho de 2010

Criciúma - A Cidade que passou por cima do seu rio

A cidade de Criciúma passou por cima do seu rio e o mesmo está respondendo a agressão sofrida, com o transbordamento dos canais subterrâneos em decorrência das fortes chuvas, alagando as vias públicas e inundando estabelecimentos comerciais. Apenas no mês de janeiro de 2010 houve três enchentes com transtornos e prejuízos a população. Veículos ficam boiando nas vias públicas e comerciantes amargam com prejuízos que o seguro não cobre. Até o maior shopping da cidade foi alagado.

O crescimento desordenado da “Capital do Carvão” a partir da década de 1970 não valorizou a bacia do rio Criciúma e seus afluentes. A grande maioria dos córregos e riachos (atualmente 117) foram aterrados ou canalizados. Muitas nascentes foram obstruídas porque criavam banhados, ou seja, tornavam-se inconvenientes espaços no perímetro urbano não planejado. Ruas surgiam sem traçado algum para atender comércios estabelecidos sem nenhum critério. Não fosse a Linha Férrea, não existiria a Avenida Centenário como referência atravessando a cidade, possivelmente até os motoristas criciumenses se perderiam no complicado trânsito.

A Prefeitura Municipal de Criciúma será contemplada com recursos do PAC no valor de R$ 21.800 milhões para implantar o Projeto Básico Executivo de Macrodrenagem da Bacia Hidrográfica do Rio Criciúma elaborado pela PROSUL, porém não resolverá o conflito do transbordamento, poderá sim amenizar proporcionando o escoamento mais rápido das águas, mas continuarão a invadir as vias públicas e o comércio sempre que houver as assustadoras precipitações pluviométricas, que tendem a ocorrer com mais frequência e intensidade com as mudanças do clima.

O projeto foi elaborado para uma obra de engenharia com muita tubulação e muito concreto, ou seja, é uma tentativa de solução com o alargamento do curso do canal em alguns pontos, é, portanto paliativo. O recurso é público e precisa ser transparentemente bem aplicado sob o olhar da sociedade civil organizada. Chega de obras mal construídas e com desvios de verba em licitações manipuladas. Por isso deverá ser debatido no Comitê de Bacias do Rio Araranguá (CGBHRA) e em Audiências Públicas (AP) em local de fácil acesso ao público criciumense. Existe uma mania política na região de que não se deve intervir nos projetos,
mesmo que seja para torná-los úteis, pois a preocupação maior dos governantes e políticos é não perder a oportunidade da verba ser repassada as empreiteiras para a conclusão da obra, ou seja, o tal de resultado imediato, o mesmo errôneo e repetitivo procedimento que sempre resulta em problemas no futuro.

Os rios são como as veias do corpo humano, precisam estar sempre livres para a circulação do sangue, se gorduras se localizam em determinado ponto, é preciso retirá-las e o paciente deve adotar procedimentos e regime para evitar alimentos que contenham gordura. O caso do rio Criciúma é preciso renaturalizá-lo, dando-lhe condições de correr em seu curso, mas também é necessário adotar programas de aspecto preventivo como forma de reduzir o impacto das chuvas. Certa vez perguntei ao Senhor Manique Barreto (num casual encontro no aeroporto) o que deveria ser feito para reduzir o problema das cheias na cidade de Criciúma e o mesmo respondeu prontamente e sabiamente que deveria ser retirado tudo que estivesse sobre o rio. Imagine então a beleza cênica do Rio Criciúma restaurada, não mais sendo invadida pelo concreto da cidade. Pode até as atuais gerações não agradecerem, mas as futuras certamente que sim se realmente vir a ser executado algo decente e elogiável.

Não vemos o processo com a facilidade que os técnicos visualizam, resolvendo facilmente os problemas com soluções inviáveis no papel, quando na prática é bem complexo. Uma cidade colocou o seu rio na UTI e precisa salvá-lo, devolver a vida ao mesmo. Os pilares de construções privadas dentro do leito são como estacas no peito de alguém! O Estudo da PROSUL não é o que se esperava, mas faz um apontamento sincero e claro, quando afirma
‘’que as áreas localizadas as margens do canal do rio Criciúma devem ser consideradas como áreas de preservação permanente APP medidas a partir da margem do referido canal nas seguintes faixas: Largura de fundo do canal projetado igual a 09,00 metros e faixa da margem considerada APP igual a 30,00 metros.’’ Os técnicos precisam ir além e determinar a retirada de qualquer edificação que obstrua o curso da água e coloque em risco a segurança da população, pois cheias mais intensas poderão ocorrer.

Obviamente que nestas circunstâncias é preciso a participação do Ministério Público Estadual e Federal, para exigir o cumprimento da legislação da mesma forma que agem contra agricultores que utilizam as margens dos rios (mata ciliar) para o plantio e são processados. O rigorismo da lei tem que valer também no perímetro urbano. O Art. 2 do Código Florestal nº 4.771 de 1965 foi totalmente desobedecido, como também o Art. 3 da Resolução do CONAMA nº 303/2002 é bem clara quando defini o que é uma APP. A devastação da mata ciliar no rio Criciúma não atende nem o Código Ambiental de SC que é mais flexível quanto às suas dimensões.

Uma das primeiras alternativas é promover uma campanha que sensibilize os criciumenses a gostar do seu rio, valorizar a água que corre das nascentes e respeitar a mata ciliar. Pode até ser ‘’frescura’’ de ambientalismo, mas é um romantismo cientificamente comprovado que dá certo. Outra alternativa mais bruta/rígida é destruir as áreas de concreto desnecessárias que impermeabilizam o solo tanto em espaços públicos quanto privados. Se a água da chuva cai sobre áreas pavimentadas, a tendência é aumentar o escoamento para os cursos d’água e/ou áreas baixas da bacia. É um absurdo asfaltar as laterais da pista de uma rua ou avenida apenas para veículos estacionarem, esta faixa deveria se de paralelepípedo ou lajota para possibilitar a infiltração das águas. É preciso aumentar as áreas verdes para facilitar a infiltração das águas das chuvas. Certamente que havendo mais verde no perímetro urbano também reduzirá o insuportável calor na cidade de Criciúma.

O sistema de esgoto em implantação evitará em grande parte a contaminação dos recursos hídricos, mas a cultura do lixo também deve ser combatida, pois os resíduos urbanos assoreiam os canais e entopem as tubulações. Por outro lado no projeto de esgoto em andamento já era para ter previsto a construção de piscinões, grandes cisternas e caixas d’água nos prédios para a coleta de água da chuva.


As grandes riquezas econômicas de Criciúma deveriam também contribuir com a renaturalização ou revitalização do rio Criciúma, como uma espécie de medida compensatória pelos danos causados. É preciso algum sacrifício por parte de todos para reduzir o impacto das cheias no perímetro urbano da cidade como também na Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá.



Por,
Tadeu Santos
Colunista "De Olho na Natureza"

Meio Ambiente: Mina 101 sofre embargo da Fundai em Içara

Até que uma nascente seja demarcada e o curso tenha uma margem preservada de 30 metros, as obras da Carbonífera Rio Deserto na comunidade de Santa Cruz estarão embargadas. A paralisação das atividades na Mina 101 foi desencadeada pela Fundação Ambiental de Içara (Fundai) na manhã desta terça-feira. A notificação emitida pelo fiscal Múcio Bratti Júnior não foi assinada por representantes da empresa. Ainda assim, determina o pagamento de R$ 200 mil em multa.

Conforme o superintendente da Fundai, Geraldo Baldissera, para que fosse constatado o dano ao meio ambiente foi necessária a contratação de um especialista. Isto porque a fonte estava descaracterizada. O caso agora será encaminhado ao Ministério Público. Esta já é a segunda vez que a carbonífera tem os trabalhos embargados pelo Município neste ano. Mas em abril, a empresa conseguiu romper a paralisação das atividades através de um agravo de instrumento em Florianópolis.

Fonte:
Canal Içara

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Web: Microalgas viram biocombustível com tecnologia de Santa Catarina

Uma empresa de Blumenau gerou uma tecnologia para cultivar microalgas e, com elas, produzir biodiesel e produtos para indústrias alimentícias e farmacêuticas. A H2ALLPesquisa e Desenvolvimento Tecnológico em Energias Renováveis desenvolveu a novidade com recursos do programa Sinapse de Inovação, financiado pela FAPESC e FINEP.

Executado pela Fundação Certi, o programa teve por objetivo transformar boas idéias em negócios de sucesso e contou com mais de R$ 6 milhões em recursos aplicados em dezenas de empresas nascentes. A H2ALL foi uma delas e recebeu R$ 50 mil para iniciar o processo de transformar a pesquisa em negócio.

Os resultados do projeto financiado pelo Sinapse terá aplicação indireta na modernização da matriz energética brasileira, acredita outro sócio – Luiz Alessandro da Silva, pesquisador na área de biocombustível com ênfase nos processos de produção de biomassa microalgal.

A soja é a oleaginosa mais usada no Brasil para produzir biodiesel. O país colheu uma safra recorde em 2009/2010 (68,7 milhões de toneladas) e parte dela foi usada para garantir 85 por cento da produção nacional de biodiesel. Mas já se fala em reduzir o plantio no Mato Grosso, atual principal produtor do grão e buscam-se outras matérias-primas para assegurar a possibilidade de se misturar 5 por cento de biodiesel no diesel.

Estudos sobre o uso da palma – cujo conteúdo de óleo é maior que o da soja – estão sendo conduzidos, porém mesmo que sua viabilidade for comprovada, trata-se de uma cultura agrícola que requer certo tempo para atingir o ponto de colheita.

As microalgas crescem muito mais rapidamente e permitem maior produção de biocombustível, além de apresentar vantagens ambientais. Com a tecnologia gerada pela H2ALL, seria usado o gás carbônico das emissões gasosas industriais, como fonte de carbono para a alimentação das microalgas. A biomassa extraída do processo de cultivo servirá para a produção de biocombustível por craqueamento térmico e de biocomposto por extração, o qual pode ser empregado na indústria alimentícia e farmacêutica.


Fonte:
Blog Tisc

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